Em uma matéria para o Portal Terra, a jornalista Patrícia Zwipp esclarece 13 dúvidas que afligem a população, principalmente as mulheres.
Confira abaixo, a reportagem na integra.
No Outubro Rosa, tire 13 dúvidas sobre câncer de mama
(Por Patrícia Zwipp)
O câncer
de mama é o mais comum entre as mulheres. O Instituto Nacional de Câncer (Inca)
estima 49.240 novos casos para 2010. No mês mundial de conscientização sobre a
doença, tire 13 dúvidas sobre ela, com explicações dos seguintes profissionais
do Inca: Fábio Gomes, nutricionista da Área de Alimentação, Nutrição e Câncer;
Jeane Glaucia Tomazelli, técnica da Divisão de Atenção Oncológica; e Carlos
Federico Lima, vice-diretor do Hospital do Câncer III (unidade do instituto responsável pelo tratamento do câncer de mama).
Campanha Outubro Rosa Foto: Getty Images |
Vale lembrar que o
Outubro Rosa, movimento mundial de mobilização de prevenção da patologia,
começa nesta terça-feira (5 de outubro), com a iluminação de rosa do Cristo
Redentor, no Rio de Janeiro. O evento é promovido pela Federação Brasileira de
Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama (Femama).
1 - O que causa o câncer de
mama?
Na maioria dos casos de câncer de mama, não há uma causa específica. Há alguns fatores que estão associados ao aumento do risco de desenvolver a doença. A própria idade é um deles, pois a chance aumenta na medida em que se envelhece. Menarca precoce, menopausa tardia, nuliparidade (não ter filhos), primeiro filho em idade avançada, não amamentação e uso de terapia de reposição hormonal são fatores associados ao risco. Consumo excessivo de álcool, obesidade na pós-menopausa e sedentarismo também. Os fatores hereditários são responsáveis por menos de 10% dos cânceres de mama. O risco é maior quando os parentes acometidos são de primeiro grau (pai, mãe, irmãos, filhos).
Na maioria dos casos de câncer de mama, não há uma causa específica. Há alguns fatores que estão associados ao aumento do risco de desenvolver a doença. A própria idade é um deles, pois a chance aumenta na medida em que se envelhece. Menarca precoce, menopausa tardia, nuliparidade (não ter filhos), primeiro filho em idade avançada, não amamentação e uso de terapia de reposição hormonal são fatores associados ao risco. Consumo excessivo de álcool, obesidade na pós-menopausa e sedentarismo também. Os fatores hereditários são responsáveis por menos de 10% dos cânceres de mama. O risco é maior quando os parentes acometidos são de primeiro grau (pai, mãe, irmãos, filhos).
2 - Atinge homens em que
proporção?
O câncer de mama em homens é raro. Estima-se que, do total de casos da doença, apenas 0,8% a 1% ocorram em pessoas do sexo masculino.
O câncer de mama em homens é raro. Estima-se que, do total de casos da doença, apenas 0,8% a 1% ocorram em pessoas do sexo masculino.
3 - Existe algum sintoma além
de caroço no seio?
A forma mais habitual é o aparecimento de nódulo, geralmente indolor. Outros sinais e sintomas menos frequentes são edemas semelhantes à casca de laranja, irritação ou irregularidades na pele, dor, inversão ou descamação no mamilo e descarga papilar (saída de secreção pelo mamilo). Podem também surgir nódulos palpáveis na axila.
A forma mais habitual é o aparecimento de nódulo, geralmente indolor. Outros sinais e sintomas menos frequentes são edemas semelhantes à casca de laranja, irritação ou irregularidades na pele, dor, inversão ou descamação no mamilo e descarga papilar (saída de secreção pelo mamilo). Podem também surgir nódulos palpáveis na axila.
4 - É sempre possível notar a
doença por meio do toque nos seios?
Não, a patologia tem uma fase em que as lesões são do tipo não-palpáveis. Por isso, é importante a realização de exames de imagem na faixa etária de maior risco.
Não, a patologia tem uma fase em que as lesões são do tipo não-palpáveis. Por isso, é importante a realização de exames de imagem na faixa etária de maior risco.
5 - Segundo o Inca, o autoexame
não é estimulado como medida de detecção. Por quê?
Considerando as evidências atualmente disponíveis, não se pode recomendar ou fomentar o ensino do autoexame como método de rastreamento. Também não foi evidenciada diminuição da mortalidade por câncer de mama com o uso do autoexame. Entretanto, o Inca destaca a importância de que a mulher esteja atenta ao seu corpo e à saúde das mamas. A recomendação é que, diante da observação de qualquer alteração ou mudança nas mamas, busque imediatamente a avaliação de um médico.
6 - Prótese de silicone nos
seios pode levar à doença?
Não há evidência científica de que exista associação entre implantes mamários de silicone e o risco de desenvolvimento de câncer de mama.
Não há evidência científica de que exista associação entre implantes mamários de silicone e o risco de desenvolvimento de câncer de mama.
7 - Como é o tratamento de
câncer de mama?
O tratamento é multidisciplinar, ou seja, deve incluir a opinião de vários especialistas médicos, como o mastologista, o radiologista, o oncologista clínico, o radioterapeuta, assim como enfermeira especializada, psicóloga, fisioterapeuta e assistente social. Habitualmente, o tratamento pede cirurgia e é complementado pela radioterapia e quimioterapia/hormonioterapia.
O tratamento é multidisciplinar, ou seja, deve incluir a opinião de vários especialistas médicos, como o mastologista, o radiologista, o oncologista clínico, o radioterapeuta, assim como enfermeira especializada, psicóloga, fisioterapeuta e assistente social. Habitualmente, o tratamento pede cirurgia e é complementado pela radioterapia e quimioterapia/hormonioterapia.
8 - Quais são as chances de cura de câncer de mama?
Quando diagnosticado precocemente, há até 95% de chance de cura. Por isso, é importante que toda mulher de 50 a 69 anos faça mamografia a cada dois anos.
Quando diagnosticado precocemente, há até 95% de chance de cura. Por isso, é importante que toda mulher de 50 a 69 anos faça mamografia a cada dois anos.
10 - Quais alimentos ajudam a
prevenir a doença?
Os de origem vegetal: frutas, legumes, verduras e leguminosas (como feijão, lentilha, grão-de-bico). Têm o poder de inibir a chegada de compostos cancerígenos às células e, ainda, consertar o DNA danificado quando a agressão já começou. Se a célula foi alterada e não foi possível consertar o DNA, alguns compostos promovem a morte delas, interrompendo a multiplicação desordenada.
Os de origem vegetal: frutas, legumes, verduras e leguminosas (como feijão, lentilha, grão-de-bico). Têm o poder de inibir a chegada de compostos cancerígenos às células e, ainda, consertar o DNA danificado quando a agressão já começou. Se a célula foi alterada e não foi possível consertar o DNA, alguns compostos promovem a morte delas, interrompendo a multiplicação desordenada.
A ideia de que determinado alimento é bom para tal tipo de câncer não se aplica. Tem de haver sinergismo entre os compostos, o que ajuda em todos os tipos da doença. Por isso, é importante variar a alimentação ao máximo. A recomendação é consumir, no mínimo, 400g por dia de vegetais, sendo 2/5 de frutas e 3/5 de legumes e verduras. Cada porção equivale a uma quantia que caiba na palma da sua mão, do produto picado ou inteiro, totalizando 80g.
(Fonte: Portal Terra)