quinta-feira, 7 de novembro de 2013


Hérnia de Disco - risco iminente


Algumas hérnias da região cervical podem levar a perda de movimentos por atingir a medula espinhal
Texto: Stella Galvão/ Foto: Reprodução/ Adaptação: Ingrid Tanii

                   Os impactos constantes na coluna podem formar  a hérnia de disco
                                                       Foto: Reprodução



Como se forma

Trinta e três vértebras compõem a coluna vertebral. Situado entre as vértebras cervicais, torácicas e lombares, estão os discos intervertebrais, feitos de um tecido elástico, resistente a determinadas forças de compressão, cuja finalidade é amortecer os impactos que atingem constantemente a coluna. Quando essa compressão é muito grande e contínua, pode ocorrer uma ruptura, que pode ser parcial ou total, formando-se a hérnia de disco. 

Maneiras de prevenir
Seu aparecimento depende de vários fatores, mas os facilitadores são: excesso de peso da pessoa ou do peso carregado nos braços e ombros, e traumatismos que atingem a coluna. Evitando-os, os riscos de surgimento das hérnias de disco são mínimos. Sabe-se atualmente que existem alterações genéticas que tornam o disco mais frágil, facilitando a sua degeneração. Outro fator agravante é avida sedentária, que enfraquece as estruturas da coluna e também daquelas que ajudam a sua sustentação. Assim, exercícios físicosajudam a manter a estrutura saudável.

Quais os tipos
De modo geral, as hérnias estão situadas na região cervical (no pescoço) e lombar (na região logo abaixo das costelas, na frente da bacia). São também classificadas em vários tamanhos, desde as pequenas até aquelas que chegam a romper todas as estruturas de sustentação, chamadas de hérnias extrusas ou expulsas. Estas são as mais graves e devem ser operadas rapidamente.

Atenção aos sinais
Os principais sintomas são dor, sinais de enfraquecimento e até perda de função dos músculos cujos nervos estão sendo comprimidos pela formação da hérnia, assim como sinais de adormecimentos nos locais em que existe a irradiação da dor. Os movimentos costumam piorar esse desconforto, e o repouso (ou outra posição confortável) pode trazer alívio ao sintoma. Algumas hérnias da região cervical podem atingir a medula espinhal e determinar perda dos movimentos abaixo do local afetado.

É preciso operar?
Inicialmente, o tratamento deve ser clínico, com indicação de repouso e uso de  anti-inflamatórios durante duas semanas. A maioria, mais de 90% dos casos, melhora consideravelmente nesse período. O início defisioterapia deve ocorrer nesta fase, sempre em um grau leve, podendo ser intensificado com o decorrer das semanas. Nos casos em que se diagnostica uma hérnia extrusa ou naqueles em que não ocorre melhora com os tratamentos tradicionais, e havendo a confirmação da hérnia por meio de exame de ressonância magnética, acompanhado da confirmação dos sinais clínicos pelo exame neurológico rigoroso, estará indicada a cirurgia. As possibilidades de sucesso da intervenção cirúrgica, nos casos com real indicação e em mãos habilitadas, estão em níveis superiores a 99%.